Os militares franceses vão realizar um exercício militar em grande escala, o primeiro em anos no seu próprio país, informa na sexta-feira (14) o portal Defense News.
Trata-se da fase final do Orion 2023, uma nova simulação focada em operações multidomínio para preparar as tropas para um cenário realista de guerra. O treinamento, que conta com a participação de países aliados, incluindo os EUA, a Bélgica, o Reino Unido, a Alemanha, Grécia e Espanha, se concentra em torno de uma narrativa fictícia para restaurar a segurança no estado de Arnland, e envolve quatro fases diferentes.
A fase final das manobras envolverá 12.000 soldados no terreno, incluindo 1.700 efetivos de 14 nações aliadas, disse o coronel Pierre Gaudillière, porta-voz do chefe de Estado-Maior da Defesa Francesa. O exercício contará ainda com a participação de cerca de 2.600 veículos militares, 60 aeronaves e 30 navios, incluindo o porta-aviões da França Charles de Gaulle e dois porta-helicópteros anfíbios, além de 100 sistemas aéreos não tripulados de todos os tipos, entre os quais dois drones MQ-9 Reaper e 20 sensores espaciais.
Os oficiais franceses esperam que o Orion se torne um exercício trienal, com a edição seguinte a ocorrer em 2026, após dois anos de planejamento, acrescentou ele.
A fase um, realizada ao longo de 2021 e 2022, foi a fase de planejamento, explicou Gaudillière.
A fase dois, que decorreu de fevereiro a março de 2023, envolveu um destacamento rápido de 7.000 militares que treinou todos os domínios: terrestre, marítimo, aéreo, espacial, cibernético, eletromagnético e informacional.
A fase três, que aconteceu em abril deste ano, consistiu em um exercício teórico entre agências para refletir um cenário de "gestão de crises político-militares". Finalmente, a fase quatro, que começará na próxima semana e se estenderá até meados de maio, incluirá unidades francesas e internacionais, até o nível de divisão, para representar um posicionamento de coalizão sob mandato da ONU e da OTAN.
O general Thierry Burkhard, chefe de Estado-Maior da Defesa Francesa, ordenou o desenvolvimento deste exercício há vários anos, disse Gaudillière durante uma coletiva de imprensa virtual realizada na quinta-feira (13).