Washington está usando o vazamento de documentos classificados do Pentágono na Ucrânia como desculpa para invadir ainda mais a privacidade on-line dos cidadãos dos EUA, disse Steve Poikonen, defensor de Julian Assange, fundador do WikiLeaks.
Poikonen disse à Sputnik que a prisão e acusação do guarda nacional aéreo Jack Teixeira, de 21 anos de idade, foi um presente para aqueles que, no governo americano, querem controles mais fortes sobre a navegação na Internet pelos cidadãos.
"Eles literalmente fizeram um presente sob medida, construíram a caixa para ele e depois embrulharam juntas todas as razões para o Congresso aprovar a Lei de Restrição", disse Poikonen.
"Faz sentido se você estiver tentando fazer com que essa legislação em particular seja aprovada. Também faz sentido se você estiver tentando procurar um ponto pivô para transferir a lavagem de dinheiro da Ucrânia para Taiwan. Mas fora disso [...] é puramente ridículo".
O escritor Jim Kavanagh concordou que era "uma história inacreditável", acreditando que "os documentos são reais, pelo menos a maioria deles".
"É espantoso para mim que este garoto de 21 anos tenha tido acesso ultrassecreto ao governo", sublinhou Kavanagh.
"Este é um ponto pivô no sentido de que ninguém pode olhar para estas coisas e negar que, antes de tudo, os americanos estão comandando esta guerra", apontou. Para ele, os vazamentos também provam que "a Ucrânia não pode vencer esta guerra".
"Está criando uma situação em que toda a narrativa da guerra da Ucrânia está sendo minada."