Ela apontou que, de acordo com os dados russos, ainda antes do início da operação militar especial russa, Marrocos assinou um contrato com a empresa tcheca Excalibur Army spol. s r.o. para modernizar um lote de 130 tanques T-72B adquiridos em 1999-2001 em Belarus.
Segundo Zakharova, após o trabalho correspondente, 56 tanques foram devolvidos ao Marrocos, e os veículos blindados restantes "na quantidade de 74 unidades foram de fato expropriados pelo lado tcheco para o transporte subsequente para a zona de operações de combate na Ucrânia".
"Os marroquinos foram confrontados com um fato consumado. E, ao mesmo tempo, foram responsabilizados perante os belarussos pelo incumprimento dos termos do contrato de aquisição destes tanques, que os obrigava a não os transferir para países terceiros sem o consentimento do fornecedor", disse Zakharova em um comunicado publicado no site do Ministério das Relações Exteriores.
"Consideramos este caso flagrante como mais uma manifestação da política hostil anti-Rússia seguida pelas autoridades tchecas, na qual Praga não se coíbe de violar as regras básicas do direito internacional que regem o comércio de armas e de confiscar propriedade alheia", acrescentou.
A Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os países da Aliança Atlântica estão "brincando com o fogo" ao fornecerem armas para a Ucrânia.