"Antes de mais nada, a visita demonstrará que, na atual situação geopolítica mundial, os EUA deixaram de ser uma superpotência global, que a nova ordem global é multipolar e a América Latina permanece como um bloco regional independente das decisões de Washington", declarou Hernández.
"A visita ocorre no contexto da formação de um bloco muito consistente de países latino-americanos, insatisfeitos com os ditames de Washington e visivelmente progressistas tais como México, Colômbia, Bolívia, Chile, Argentina, Brasil, bem como Cuba, Nicarágua e Venezuela", explicou o interlocutor da agência.
Segundo Hernández, esses países têm se distanciado da política beligerante do Pentágono e se opõem à participação direta na política antirrussa do governo do presidente dos EUA, Joe Biden.
"O presidente do Brasil Lula da Silva até sugeriu criar uma espécie de 'G20' para chegar a um acordo de paz no conflito ucraniano [...]. A visita de Lavrov à América Latina tem como objetivo apoiar essas iniciativas latino-americanas, na consolidação de um grupo de países latino-americanos que não seguem as ordens do Império dos EUA", acrescentou Hernández.
De 17 a 21 de fevereiro, o chanceler russo Sergei Lavrov estará em turnê por quatro países da América Latina. Atualmente, o chefe da diplomacia russa está completando sua visita ao Brasil, após o que seguirá para a Venezuela. Além desses países, ele deve visitar Cuba e Nicarágua.