Panorama internacional

Motivada por ações de Pyongyang, Japão e Coreia do Sul realizam 1ª negociação de segurança em 5 anos

Após hiato de cinco anos, autoridades japonesas e sul-coreanas retomaram diálogo de segurança bilateral na segunda-feira (18), ao reviver uma estrutura que havia sido paralisada pelas relações desgastadas dos dois países.
Sputnik
De acordo com o Ministério da Defesa do Japão, as duas partes trocaram opiniões sobre uma resposta à Coreia do Norte, bem como o potencial para cooperação bilateral e trilateral em conjunto aos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico.
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse que ambos os países também chegaram a um consenso em sua avaliação do ambiente de segurança do nordeste da Ásia, e concordaram em desenvolver uma cooperação de segurança voltada para o futuro.

"Existem várias abordagens, seja para resolver fundamentalmente a compreensão dos fatos, seja para olhar para o futuro e prevenir uma recorrência. É hora de tomar medidas para reparar as relações", disse o almirante Ryo Sakai, chefe do Estado-Maior da Força de Autodefesa Marítima do Japão, a repórteres.

Por meio de sua aliança bilateral separada com Japão e Coreia do Sul, o governo norte-americano instou os dois países a consertarem as relações para melhor combater o aumento militar da China e o programa de desenvolvimento nuclear e de mísseis em expansão norte-coreano. O encontro de ontem (18) teria sido pautado no pedido dos EUA, relata o Nikkei Asia.
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Os dois países asiáticos já haviam realizado 11 consultas de segurança em nível de trabalho desde 1998, discutindo a política de defesa e o ambiente de segurança no nordeste da Ásia.
Mas essas discussões foram suspensas em 2018, quando a Suprema Corte da Coreia do Sul ordenou que empresas japonesas pagassem indenizações aos ex-trabalhadores sul-coreanos recrutados para trabalhar para o Japão durante o domínio colonial.
As tensões pioraram em dezembro daquele ano quando a Defesa japonesa acusou um destróier sul-coreano de direcionar seu radar de controle de fogo para um avião de patrulha da Força de Autodefesa do Japão que estava voando na costa japonesa.
Após a briga, a Coreia do Sul notificou Tóquio em 2019 de que não renovaria um pacto de compartilhamento de inteligência com o Japão chamado Acordo Geral de Segurança de Informações Militares.
Seul recuou da decisão no final daquele ano, suspendendo o efeito da notificação, mas o acordo permaneceu no limbo até que o governo do presidente Yoon Suk Yeol retirou oficialmente a notificação este ano e normalizou totalmente o pacto.
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