Depois de a Polônia e a Hungria proibirem a importação de grãos ucranianos, a União Europeia também estuda impor restrições às importações dos grãos, ao mesmo tempo que está preparando um pacote de € 100 milhões (R$ 556 milhões) em compensação para agricultores em cinco países que fazem fronteira com a Ucrânia, de acordo com a Reuters.
Nesta quarta-feira (19), a Comissão Europeia disse que tomaria "medidas preventivas" de emergência para trigo, milho, sementes de girassol e colza após uma reclamação conjunta da Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia no final de março.
Um funcionário da UE disse que isso só permitiria que os grãos entrassem nos cinco países da Ucrânia se fossem exportados para outros membros da UE ou para o resto do mundo. Essa medida duraria até o final de junho.
O comissário europeu de Comércio, Valdis Dombrovskis, discutiu os planos hoje (19) com ministros dos países citados, bem como com os ucranianos.
"Concordamos hoje [19] que continuaremos essas negociações [...] a próxima reunião será no início da próxima semana, na segunda [24] ou terça-feira [25]. Nós, como países da linha de frente, queremos convencer a União Europeia de que também queremos proteger outros produtos", disse Dombrovskis sem dar mais detalhes.
Separadamente, a Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial para os 27 países da UE, planeja uma investigação para saber se são necessárias medidas para outros produtos sensíveis, relata a mídia.
A agência britânica ressalta que, embora as medidas de emergência possam entrar em vigor em alguns dias, uma investigação da UE normalmente dura seis meses.