Exército Brasileiro celebra 375 anos com presença de Lula; força exalta 'imparcialidade' (FOTOS)

Nesta quarta-feira, 19 de abril, foi comemorado o Dia do Exército Brasileiro. A cerimônia, que acontece anualmente, foi celebrada com a presença do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e de chefes das forças brasileiras.

Em seu discurso, o comandante, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, sublinhou o papel institucional da força, sobre a qual disse que "deve respeito à população, às instituições e, sobretudo, à Constituição", segundo o UOL.

O general foi enfático e garantiu que o Exército "é uma instituição do Estado, apolítica e imparcial", cuja missão é "a defesa da pátria, da independência, da República e da democracia".

"O Exército imortal de Caxias, instituição de estrado apolítica, apartidária, imparcial e coesa, integrada à sociedade e em permanente estado de prontidão, completa 375 anos de história. Sua existência está alicerçada em valores e tradições, bem como comprometida com a defesa da pátria, com a independência, com a República e a democracia", afirmou Tomás Paiva em seu discurso durante o evento.

O clima era de amizade entre o comandante e Lula, e os dois tiveram uma pequena conversa "ao pé do ouvido" e relembraram um episódio do primeiro ano de Lula como presidente (2003), ocasião em que Tomás Paiva comandou o Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.

No Dia do Exército daquele ano, o presidente foi ao quartel-geral acompanhar a solenidade e se deparou com uma cena inusitada: um militar que, durante a cerimônia, jogou a arma para cima, deixou o objeto cair. Ele acabou pegando a arma danificada no chão e deu prosseguimento à cerimônia, em meio a aplausos da plateia devido ao improviso.

Em clima de descontração, Lula e o comandante do Exército se lembraram da cena que ocorreu há 20 anos, relata a coluna de Bela Megale em O Globo.

O evento de hoje (19) aconteceu no mesmo local onde, há menos seis meses atrás, estavam acampados manifestantes bolsonaristas refutando o resultado da eleição e pedindo aos militares intervenção militar.

Na visão geral, a presença de Lula traduz a vontade do governo em se aproximar dos militares após todo o imbróglio no começo do ano com as invasões de 8 de janeiro.