"Há novos dispostos a ajudar nossos inimigos. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse que, em princípio, esse Estado estava preparado para fornecer armas ao regime de Kiev. Além disso, os sul-coreanos recentemente asseguravam fortemente que a possibilidade de fornecer armas letais a Kiev era completamente excluída", escreveu Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, em seu canal no Telegram.
"O que é mais interessante, o que as pessoas deste país dirão quando virem os últimos modelos de armas russas em seus vizinhos mais próximos – nossos parceiros da RPDC? O que é chamado, Quid pro quo", acrescentou Medvedev.
O posicionamento básico do governo sul-coreano até agora tem sido o princípio de não fornecer armas letais à Ucrânia, estando a oposição sul-coreana apoiando esta posição.
Assim, o chefe do principal partido de oposição Democrático Unido, Lee Jae-myung, chamou a entrega de armas letais à Ucrânia de "indesejável" em abril.
Mas na quarta-feira (19), o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol afirmou à Reuters que, no caso de uma situação na Ucrânia que a "comunidade internacional não pode tolerar", seria difícil para Seul insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro a Kiev, permitindo assim, pela primeira vez, a possibilidade de assistência militar à Ucrânia.
O presidente sul-coreano citou ataques em larga escala contra civis, massacres ou graves violações das leis militares como exemplos de possíveis causas.
Até agora, a Coreia do Sul concordou com os Estados Unidos em fornecer 500 mil projéteis de artilharia de calibre 155 mm. Isso é cinco vezes mais do que o carregamento de 100 mil projéteis que a Coreia do Sul vendeu para os EUA no ano passado, e metade da quantidade total de projéteis entregues dos EUA para a Ucrânia.
Foi relatado que em fevereiro Washington pediu para a Coreia do Sul vender outro carregamento de 100 mil munições. Seul respondeu oferecendo 500 mil projéteis, mas com a condição de que não fossem vendidos, mas alugados. Isso permitiria que o governo sul-coreano mantivesse alguma propriedade dos projéteis e evitasse sua transferência para a Ucrânia sem a permissão de Seul.