"Na verdade, estamos testemunhando uma corrida de mísseis com consequências imprevisíveis. Dezenas de bilhões de dólares estão sendo investidos no desenvolvimento de tecnologias de mísseis. Este processo está se tornando incontrolável", diz Mashkov.
Ele observou que no plano estratégico está sendo gradualmente redistribuído o equilíbrio dos potenciais de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês).
"Armas ofensivas estratégicas estão sendo modernizadas rapidamente. A China está aumentado muito ativamente suas capacidades de mísseis. Recentemente, a República Popular Democrática da Coreia 'irrompeu' no clube de proprietários de ICBM. Os países no 'pré-limiar' – Israel, Índia, Paquistão – não abandonam a ideia de desenvolver mísseis com alcance acima de 5,5 mil quilômetros", disse à revista Mezhdunarodnaya Zhizn.
Além disso, Mashkov observou que é obvio para a Rússia exigir o aumento das capacidades de mísseis táticos e acumular reservas de mísseis com antecedência para responder efetivamente a quaisquer desafios de segurança, incluindo na região de Kaliningrado.
Mashkov também apontou que nas circunstâncias atuais "é necessário dedicar mais atenção aos mísseis de médio e longo alcance, que estão começando a adquirir uma dimensão estratégica".
Ele enfatizou que todas as restrições foram levantadas desde ruptura do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário e, a este respeito, "é bastante lógico perguntar até que ponto ficamos atrasados em relação aos outros possuidores deste tipo de armas nos 30 anos de participação no tratado e o que deve ser feito em primeiro lugar para corrigir o desequilíbrio que existe aqui".
O embaixador também chamou a atenção para o fato de que a Rússia "deve considerar se a linha atual de não ser a primeira a instalar mísseis balísticos terrestres de médio e longo alcance no lado ocidental se justifica ou se os preparativos para a implantação de mísseis desse tipo devem começar agora, o que permitiria, em caso de deterioração da situação, responder prontamente aos desafios emergentes".