Panorama internacional

Hersh diz que Ocidente está ciente de que armas enviadas para Kiev acabam no mercado negro

O Ocidente sabe que as armas fornecidas às tropas ucranianas estão no mercado negro, mas a mídia ignora isso, disse Seymour Hersh, jornalista norte-americano e vencedor do Prêmio Pulitzer. De fato, o chefe da CIA até advertiu o presidente ucraniano pela extrema corrupção de sua comitiva.
Sputnik
Alguns meses após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, Hersh disse à mídia russa, que havia uma grande preocupação, entre outras coisas, com a revenda de sistemas de mísseis de elite capazes de derrubar aeronaves em grandes altitudes. Além disso, que há cerca de seis meses ou antes, a rede norte-americana CBS publicou uma reportagem sobre o assunto, que posteriormente acabou sendo retirada das plataformas.
Segundo o jornalista, já em uma fase inicial do conflito, Polônia, Romênia e outros países fronteiriços foram "inundados de armas" fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia.
"Em outras palavras, vários comandantes militares, não sei em que nível, — muitas vezes não no de generais, mas coronéis e outros — recebiam remessas de armas e as revendiam pessoalmente ou as jogavam no mercado negro", explicou.

Corrupção na comitiva de Zelensky

Aparentemente, o nível de corrupção atingiu uma escala tão desproporcional que o próprio diretor da CIA, William Burns, teve que advertir Vladimir Zelensky durante sua visita a Kiev.
"A principal mensagem que eles queriam transmitir a Zelensky era esta: os oficiais e generais [norte-americanos] estão ficando muito zangados com você porque você está embolsando muito, levando mais", disse ele.
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Nas palavras do jornalista, os americanos deram a Zelensky uma lista de 35 funcionários corruptos "que dirigiam por Kiev em novos carros Mercedes". Ele acrescentou que dez das pessoas na lista negra já foram demitidas — embora deva ser notado que elas não foram processadas por acusações de corrupção, como foi o caso do vice-chefe do Gabinete do Presidente ucraniano, Kirill Timoshenko.
"A corrupção lá é simplesmente escandalosa. Sempre foi assim. A situação não está mudando", concluiu.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial para defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o genocídio de Kiev. Segundo o Kremlin, um dos objetivos fundamentais da operação é a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Muitos países que condenaram a operação apoiam Kiev com remessas de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou.
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