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México: 'Não aceitamos nenhuma intervenção' armada dos EUA ou de outros Estados no nosso país

De acordo com um alto responsável mexicano, que citou declarações nos EUA sobre o envio de militares para combater os "traficantes de drogas" mexicanos, Washington não tem direito a colocar tropas no país vizinho.
Sputnik
O México não pode permitir uma intervenção armada exterior em seu território, disse no sábado (22) Marcelo Ebrard, secretário das Relações Exteriores do México.
Em janeiro, os congressistas republicanos Dan Crenshaw e Michael Waltz apresentaram uma moção ao Congresso dos EUA para autorizar o uso do Exército dos EUA contra "os responsáveis" pelo tráfico de drogas no México.
Enquanto isso, Donald Trump, que procura voltar a ser presidente dos EUA em 2024, pediu a seus assessores políticos que elaborassem "planos de combate" para lidar com os cartéis mexicanos. Vários políticos, incluindo William Barr, que foi procurador-geral dos EUA na administração Trump (2019-2020), pediram à administração Biden para rotular os grupos mexicanos traficantes de drogas como organizações terroristas.
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"Nenhuma mexicana ou mexicano permitirá que uma força militar estrangeira entre em nosso território, e nós dizemos isto a partir de Tijuana, que é onde começa nossa pátria", respondeu Ebrard em uma visita à cidade de Tijuana, que se situa junto da fronteira com os EUA.
O chanceler afirmou que apoia a posição do presidente Andrés Obrador, que na sexta-feira (21), durante a comemoração do 109º aniversário da Defesa Patriótica do Porto de Veracruz, rejeitou a ideia de interferência defendida por grupos conservadores norte-americanos sob o pretexto de combater o crime em solo mexicano.
"Nós, mexicanos, temos que resolver nossas diferenças sem a intervenção de nenhum país, nenhum poder, nenhuma hegemonia. Somos livres e somos soberanos", sublinhou López Obrador.
"Nos Estados Unidos, fala-se em intervir e enfrentar o crime organizado e os traficantes de drogas, tratando eles como terroristas, e por isso dizem vir para nos 'ajudar', para nos 'apoiar' no confronto com o crime organizado", continuou o presidente, deixando claro em uma mensagem aos defensores de tais ideias que "não aceitamos nenhuma intervenção".
López Obrador advertiu em março que defenderia o boicote ao voto nos republicanos nos EUA se os legisladores desse partido não cessassem seu desejo de pedir a intervenção dos EUA em seu país.
"Se eles não mudarem sua atitude e pensarem que vão usar o México para sua propaganda, propaganda eleitoral e propósitos políticos, vamos apelar para que não votem nesse partido porque ele é intervencionista, desumano, hipócrita e corrupto", disse ele.
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