Os EUA pediram à Coreia do Sul que instasse seus fabricantes de chips a não preencher nenhum vazio de mercado na China se Pequim proibir o fabricante de chips de memória norte-americano Micron de vender chips, informou no domingo (23) o jornal britânico Financial Times.
As empresas sul-coreanas em questão são a Samsung e a SK Hynix, indicaram as fontes da mídia.
A Casa Branca não comentou o relatório do Financial Times, mas revelou que tanto Washington como Seul tomaram medidas para coordenar investimentos no setor de semicondutores, assegurar tecnologias críticas e lidar com a coerção econômica.
O regulador do ciberespaço chinês disse em março que realizaria uma revisão de segurança dos produtos da Micron vendidos no país. O fabricante do chip disse no que estava cooperando com o governo chinês, e que suas operações no país eram normais.
A notícia chega na véspera da chega de segunda-feira (24) de Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul, aos EUA, para uma cúpula com o presidente americano Joe Biden, com a visita durando até sábado (29).
Trata-se da primeira vez que um líder sul-coreano visita os EUA desde 2011, e acontece no período do 70º aniversário da aliança dos países.
Os EUA impuseram a partir de outubro de 2022 uma série de controles de exportação da tecnologia de fabricação de chips para a China para impedir sua aplicações militares, mas também para retardar o desenvolvimento chinês no setor. Na lista negra ficaram várias das maiores empresas de chips da China, incluindo a Yangtze, rival da Micron.