Anteriormente, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, declarou que mais de 70% dos pagamentos no comércio entre a Rússia e a China já são feitos em suas moedas nacionais. O chefe do Ministério das Finanças acrescentou que ainda há um ano ou dois esse indicador era de 30%.
"A inflação nos países desenvolvidos está forçando os outros países a pagar em moedas nacionais", diz Kalyanov.
"À medida que a dívida dos emissores de moedas nacionais ocidentais cresce em relação ao produto interno bruto [PIB], suas moedas perdem atratividade. Além disso, outro motor da transição para transações em moedas nacionais é a alta demanda por matérias-primas. As mercadorias se tornam respaldo do dinheiro, substituindo as reservas de ouro. Alguns pagamentos por petróleo e gás já estão sendo feitos em moedas nacionais, e esses são os bens mais importantes no processo de desdolarização", acrescentou.
Para a Rússia, o uso de "moedas regionais fortes" é interessante, e o melhor exemplo aqui é o yuan, diz Kalyanov.
As sanções internacionais causam dificuldades à cooperação empresarial com a China. É necessário aumentar a coordenação entre os países e suas empresas, a fim de eliminar as dificuldades nas transações comerciais, e para as transações é necessário criar um banco de compensação para operações em yuans no território da Rússia, sugere.