Panorama internacional

Xi Jinping e Zelensky se falam pela 1ª vez desde o começo do conflito; Moscou comenta telefonema

Nesta quarta-feira (26), o presidente da China, Xi Jinping, conversou ao telefone com seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky. Pequim comunicou que um enviado especial da Eurásia irá a Kiev em breve e a chancelaria russa disse "notar a prontidão chinesa".
Sputnik
Segundo a chancelaria chinesa, o convite para a interação entre os dois líderes partiu da Ucrânia, e Pequim "está pronta para cooperar com Kiev em uma base mutuamente benéfica".
"A China é consistente e clara em sua prontidão para desenvolver relações bilaterais com a Ucrânia. Os dois lados precisam levar adiante a tradição de respeito mútuo e sinceridade e levar adiante a parceria estratégica China-Ucrânia", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
A diplomata também disse que o governo chinês espera que "todas as partes reflitam seriamente sobre a crise na Ucrânia e explorem conjuntamente maneiras de trazer paz e estabilidade duradouras à Europa por meio do diálogo".
"A China não criou a crise da Ucrânia, nem é parte da crise. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e um grande país responsável, a China não ficaria de braços cruzados, nem colocaria óleo no fogo, muito menos exploraria a situação para ganhos próprios", afirmou.
Ao mesmo tempo, Chunying informou que Pequim enviará um representante especial à Ucrânia e outros países.
A China enviará o Representante Especial do Governo Chinês para Assuntos da Eurásia à Ucrânia e outros países para ter uma comunicação profunda com todas as partes sobre a solução política da crise na Ucrânia.
O representante especial será Li Hui, que já foi embaixador da China na Rússia de 2009 a 2019.

Do lado ucraniano, Zelensky afirmou que teve "um telefonema longo e significativo" com XI e que após ligação e a "nomeação do embaixador da Ucrânia na China", a comunicação entre os países "dará um forte impulso ao desenvolvimento de nossas relações bilaterais".

O embaixador nomeado pelo governo ucraniano foi o ex-ministro de Indústrias Estratégicas Pavel Riabikin.
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Moscou elogia prontidão chinesa

Após a ligação entre Xi e Zelensky, a porta-voz oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, disse que a Rússia nota a prontidão da China para ajudar a solucionar o conflito.
"Notamos a prontidão do lado chinês em fazer esforços para estabelecer o processo de negociação", entretanto, Zakharova sublinhou que Kiev continua a rejeitar "quaisquer iniciativas sensatas destinadas a uma resolução política e diplomática da crise ucraniana e a um eventual acordo de negociações", apresentando ultimatos com "exigências deliberadamente irrealistas".
"As autoridades ucranianas e seus curadores ocidentais já demonstraram sua capacidade de encerrar iniciativas pacíficas [...]. Portanto, é improvável que qualquer pedido de paz seja recebido adequadamente por fantoches controlados por Washington", complementou a diplomata.
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