Kiev está ficando sem munição para os sistemas de defesa antiaérea soviéticos, informou em entrevista a RBC, o ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov.
"Se eles [mísseis para este sistema de defesa antiaérea] não são produzidos por nós, e há apenas nos países dos quais não podemos levá-los, então é necessário reabastecer com outra coisa. O quê? Sistemas de defesa antiaérea ocidentais", sugeriu Reznikov.
Segundo ele, um alvo principal agora para Kiev e seus parceiros é fornecer à Ucrânia peças de reposição, manutenção, reparo e munição para os sistemas que já recebeu – "de fuzil para Himars [High Mobility Artillery Rocket System] e tanque".
Anteriormente, o The Wall Street Jornal escreveu, referindo-se aos dados do Pentágono vasados nas redes sociais, que Kiev enfrentou um sério problema para encontrar munições soviéticas para a base de seus sistemas de defesa antiaérea, S-300 e Buk.
Os documentos disseram que, nesse caso, a maior parte da infraestrutura crítica da Ucrânia fora da região de Kiev permanecerá descoberta pela defesa antiaérea e o número de objetos desprotegidos aumentará de seis para mais de 40.
O The Washington Post, também citando documentos vazados do Pentágono e da inteligência dos EUA datados do final de fevereiro, informou que a capacidade de Kiev de fornecer defesa aérea de médio alcance seria esgotada em 23 de maio.
O coronel Yuri Ignat, representante da Força Aérea ucraniana, disse que não poderia comentar a veracidade dessas informações, já que tais dados na Ucrânia são confidenciais. Mas ao mesmo tempo, ele admitiu que havia um risco de escassez de munições soviéticas sendo produzidas na Rússia.
"Não há outro lugar de onde poderíamos consegui-los, para que mais cedo ou mais tarde acabem", afirmou.
Em meados de abril, a Alemanha informou que a Ucrânia recebeu o primeiro sistema de defesa antiaérea Patriot. Ao mesmo tempo, o Financial Times, citando fontes, escreveu que Kiev pediu aos parceiros ocidentais que entregassem urgentemente mísseis para sistemas de mísseis antiaéreos.