Apesar de fenômenos como esse já terem sido observados em exoplanetas gasosos, até hoje não tinham sido detectados em exoplanetas rochosos, o que pode indicar a presença de uma atmosfera.
Contudo, a equipe responsável pela descoberta afirmou que a água observada pode estar na estrela na qual orbita o planeta, e não nele próprio.
Acredita-se que a maior parte dos planetas rochosos esteja orbitando estrelas anãs vermelhas, e como estas estrelas são frias, para que um planeta possa se manter quente o suficiente para hospedar água líquida, ele deve se manter muito próximo de sua estrela.
Além disso, as anãs vermelhas são ativas e liberam radiação ultravioleta e raios-X que podem destruir atmosferas planetárias.
Sendo assim, os especialistas buscam compreender se um planeta rochoso poderia criar ou manter uma atmosfera em um ambiente hostil como esse.
O planeta GJ 486 b é aproximadamente 30% maior que a Terra e três vezes mais massivo, indicando uma gravidade mais forte que a da Terra.
Ele também é muito quente para ter água líquida, pois a temperatura de sua superfície é de cerca de 430 graus Celsius.
Ou seja, se o vapor d'água estiver associado ao planeta, isso indicaria que ele tem uma atmosfera apesar de sua alta temperatura e da sua proximidade com sua estrela.
Para descobrir se o planeta possui uma atmosfera, os especialistas observarão seu lado diurno, bem como os comprimentos curtos de onda infravermelha.