A Dinamarca anunciou que vai investir US$ 5,6 bilhões (R$ 27,96 bilhões) para modernizar sua defesa nos próximos dez anos e corrigir a má gestão e negligência que resultou de decisões políticas equivocadas.
O Ministério da Defesa da Dinamarca disse em um comunicado que alocará cerca de US$ 4 bilhões (R$ 19 bilhões) em equipamentos, edifícios, tecnologia da informação e pessoal, e mais US$ 1,62 bilhão (R$ 8,09 bilhões) em novos investimentos, citando "a atual situação geopolítica" que precisa de "mais recursos" para garantir os níveis atuais de defesa.
"Temos que reconhecer que nós, políticos, tomamos decisões com base em suposições que se mostraram incorretas. Isso significa que agora estamos diante de uma tarefa importante: restaurar os fundamentos da defesa antes de construir sobre eles", disse o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, em um comunicado.
A própria imprensa dinamarquesa descreveu o processo como "tapar buracos". Mais cedo, uma grande auditoria às Forças Armadas dinamarquesas revelou que equipamentos e quartéis sofreram um enorme grau de desgaste, havia grave escassez de pessoal e enormes desafios de TI. A revisão desencadeou novas negociações orçamentais.
Ao anunciar um aumento nas despesas militares, a Dinamarca acrescentou que planeja atingir a meta de gastos da OTAN de 2% até 2030.
O governo dinamarquês também tem sido um participante ativo nos esforços da União Europeia para fornecer à Ucrânia equipamento e dinheiro no conflito em curso.
Copenhague doou tanto equipamento a Kiev – desde tanques de combate Leopard e mísseis navais a munições e óculos de visão noturna – que políticos dinamarqueses de topo, incluindo a primeira-ministra Mette Frederiksen, têm sido capazes de se gabar que o país foi quem deu mais em relação ao seu tamanho.
No entanto, o compromisso militar exagerado da Dinamarca afetou os cofres do Estado, levando o governo a abolir um antigo feriado cristão chamado Grande Dia de Oração, supostamente para reabastecer as finanças do Estado que estão ficando secas.