"Uma vez que o nosso drone tem um longo alcance, cerca de 30 km, podemos nos basear não na linha de contato, mas na parte da retaguarda. Ou seja, o lançamento do drone é realizado a 15-20 km da linha do front de um local de lançamento que pode servir várias unidades [militares] ao mesmo tempo", disse Zhernov.
Desta forma, as unidades da linha da frente não precisam de ter drones e catapulta de lançamento, apenas precisam de dispositivos de visualização, como óculos, uma unidade de comando e controle e um operador, que se conectará ao drone em voo e o direcionará contra o alvo selecionado, explicou o interlocutor da agência.
De acordo com Zhernov, a partir do "hub" podem ser enviados a uma unidade específica de um a vários drones kamikaze de uma só vez. Se a unidade tiver um operador, ele usará os drones um de cada vez, se tiver vários operadores, então é possível realizar um ataque coordenado em um ou vários alvos diferentes.
O representante da empresa acrescenta que é possível transferir o controle do drone de um operador para outro quando o aparelho chegar à área da unidade.
"Durante o voo do local de lançamento até a linha do front não é prevista a mudança do percurso: o drone segue esse trajeto em completo silêncio de rádio, não emite nada, vai com o transmissor de vídeo desligado para que não possa ser interceptado pelo inimigo", ressaltou Zhernov.
O drone kamikaze Privet-82 é capaz de transportar uma carga de combate com uma massa de mais de cinco quilos a uma distância de 30 quilômetros.