"Agora que a China entrou na negociação, ela chegará ao seu auge, acho que até o final do ano", disse o diplomata, de 99 anos, em uma entrevista transmitida no domingo (7). A essa época, acrescentou ele, "estaremos falando sobre processos de negociação e até mesmo negociações reais".
O plano de Pequim de 12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia" que promove entre outras coisas o respeito à soberania de todos os países, a cessação das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev foi rejeitado pelos EUA e a União Europeia (UE), enquanto o presidente russo Vladimir Putin descreveu alguns de seus 12 pontos "em sintonia" com a posição de Moscou.
Por sua vez, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky saudou apenas alguns de seus pontos, mas afirmou que Kiev não quer compromisso de forma alguma com a Rússia. Vale ressaltar que, em outubro do ano passado, Zelensky emitiu um decreto que proíbe negociações com o governo atual russo enquanto Vladimir Putin continuar sendo presidente do país, sendo esse um obstáculo enfrentado pela China ou qualquer outro potencial intermediário.
Rússia considera o conflito na Ucrânia uma guerra por procuração entre si e a OTAN. O chanceler russo Sergei Lavrov disse na sexta-feira (5) que as negociações não serão conduzidas com Zelensky, que é um fantoche nas mãos do Ocidente, mas diretamente com os seus "mestres" ocidentais.