Barcos pertencentes a uma milícia marítima chinesa navegaram em uma área em que as marinhas da Índia e de vários outros países asiáticos estavam participando de exercícios no mar do Sul da China, informou na segunda-feira (9) a agência britânica Reuters, citando duas fontes indianas.
A fase marítima de dois dias do Exercício Marítimo ASEAN-Índia (AIME 2023) começou no domingo (7) com a participação de navios e aeronaves da Índia, Vietnã, Tailândia, Filipinas, Indonésia e Brunei, que integram a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).
Eles estavam na Zona Econômica Exclusiva do Vietnã quando os barcos chineses se aproximaram deles, disseram fontes indianas. No entanto, os barcos da milícia e as embarcações navais se cruzaram sem nenhum confronto, referiram.
Um navio de pesquisa chinês também estava seguindo esses barcos em direção à mesma área, disseram as fontes, acrescentando que as autoridades indianas rastrearam os movimentos de pelo menos cinco barcos da milícia.
Pequim não respondeu às perguntas da Reuters sobre o suposto incidente e seus motivos. Os governos indiano e vietnamita também não quiseram comentar. De acordo com Van Pham, gestor da organização de pesquisa vietnamita South China Sea Chronicle Initiative (SCSCI), que monitora dados de rastreamento de embarcações, o navio de pesquisa chinês Xiang Yang Hong 10 se aproximou a 16 km de um navio de guerra vietnamita que participava das manobras.
Trata-se do primeiro Exercício Marítimo ASEAN-Índia (AIME-2023) organizado em conjunto pelas marinhas da Índia e de Cingapura. A China reivindica a soberania de praticamente todo o mar do Sul da China, que também é considerado como seu por outros países na região.