Anteriormente, um relatório da empresa de segurança na Internet chinesa 360 indicou que a CIA está por trás de um grande número de ataques de hackers e revoluções coloridas por todo o mundo.
"Há muito tempo, a CIA vem organizando secretamente 'mudanças pacíficas' e 'revoluções coloridas', além de realizar atividades de espionagem e roubo de informações", diz o relatório.
De acordo com o especialista em relações entre a China continental e Taiwan Bi Dianlong, não se sabe ao certo como a CIA participou na organização da Revolta Girassol, contudo está mais do que claro que a agência americana estava envolvida.
Além disso, o especialista afirmou à Sputnik que a CIA está monitorando e implantando escutas telefônicas para espionar as autoridades de Taiwan há anos, coletando informações até mesmo de ex-políticos.
Segundo Bi Dianlong, as agências americanas estão trabalhando em grande escala na ilha, através de grupos de reflexão, fundações de opinião pública e meios de comunicação social.
"Com a ajuda desses meios, eles influenciam a opinião pública em Taiwan e, consequentemente, as eleições", destacou.
Para o especialista, a CIA está mais uma vez tentando provocar uma Revolta Girassol, manipulando informações e influenciando as eleições.
"A CIA está preparada para fazer o que for necessário. Especialmente pelo fato de as eleições em Taiwan estar se aproximando, em 2024. A posição do Partido Democrático Progressista antes das eleições não é de otimismo. Sendo assim, estão prontos para lançar uma revolta colorida ainda mais ampla. Será mais profunda e inclusiva do que a Revolta Girassol", destacou o especialista.
A situação em torno de Taiwan se agravou significativamente após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha no início de agosto.
A China, que considera a ilha uma de suas províncias, condenou a visita de Pelosi, vendo-a como um ato de apoio dos EUA ao separatismo de Taiwan, e conduziu exercícios militares em larga escala.
As relações oficiais entre o governo central da China e sua província insular se romperam em 1949, após as forças derrotadas do Kuomintang, lideradas por Chiang Kai-shek, terem se mudado para Taiwan no final da guerra civil contra o Partido Comunista chinês.
Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final dos anos 80. Desde o início dos anos 90, os dois lados têm estado em contato só através de organizações não governamentais.