De acordo com o jornal, o governo espanhol citou a ausência de uma proibição efetiva da UE ao urânio russo para justificar a continuação da importação desse material desde o início do conflito na Ucrânia, em resposta a uma interpelação parlamentar. Nela, o deputado da coligação Unidas Podemos e presidente da Comissão de Transição Ecológica, Juantxo López de Uralde, pediu ao governo para apresentar dados relativos ao transporte de combustível nuclear na Espanha nos últimos meses.
"Até agora, nenhuma das sanções impostas à Rússia na sequência do conflito na Ucrânia afetou as atividades da ENUSA [empresa nuclear estatal] ou importações de matérias-primas como o urânio", cita o jornal a resposta do governo espanhol ao deputado.
"Quaisquer sanções ou restrições que afetem a importação de qualquer produto ou matéria-prima de outro país devem ser consideradas no âmbito da UE", acrescenta o governo.
A Rússia tem observado que o Ocidente não tem coragem de admitir o fracasso das sanções contra a Rússia. Nos próprios países ocidentais foi frequentemente expressa a opinião de que as sanções antirrussas são ineficazes.
Anteriormente foi divulgado que a empresa estatal russa Rosatom anunciou a assinatura de um contrato de fornecimento de urânio natural com as Indústrias Nucleares do Brasil. Em dezembro de 2022 foi assinado um acordo que prevê a comercialização de urânio russo para usinas brasileiras de 2023 a 2027.