Anteriormente, Borrell disse que se sente agora mais como o ministro da Defesa da UE do que o chefe da diplomacia. Em sua opinião, não há condições na Ucrânia para uma solução diplomática do conflito.
"Josep Borrell, vai nos levar a uma guerra nuclear? Por sua mentalidade guerreira, você deve ser um diplomata, você não sabe manejar nem um fuzil nem uma pistola e vai ficar falando em guerra, em escalada de violência", disse o líder venezuelano durante o programa de TV "Com Maduro+".
Maduro referiu-se às declarações proferidas por Borrell, nas quais afirmou que não é o momento para conversações diplomáticas sobre a paz, mas sim para o apoio militar a Kiev, pois disse que se isso não acontecer "a Ucrânia cairá em questão de dias".
"Para que é a diplomacia? Para a guerra? Perguntamos da Venezuela, o confronto militar? A destruição de territórios, de povos, de países, para escalar a violência armada? Para que serve a diplomacia, Josep Borrell? A diplomacia é para falar, para se aproximar, para se entender e buscar fórmulas de paz", comentou o presidente venezuelano.
Maduro disse que seu país apoia as propostas de paz dos governos da China e do Brasil.
"Apoiamos firmemente as iniciativas diplomáticas de paz do presidente [da China], Xi Jinping, e do presidente [do Brasil] Lula da Silva, e a Venezuela aposta em tudo pela paz", acrescentou.
Durante o encontro realizado em abril, Xi e Lula da Silva concordaram que o diálogo e a negociação são a única forma viável de sair do conflito na Ucrânia, pelo que consideraram que devem ser apoiados todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica da crise.