O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, classificou como "absurda" a mensagem compartilhada pelo Telegram a seus usuários contra o projeto de combate às fake news.
Ao comentar a postura do Telegram, Pimenta disse que a vontade das grandes plataformas de redes sociais não é maior que a soberania do Brasil, segundo o G1.
"Inacreditável! Telegram desrespeita as leis brasileiras e utiliza sua plataforma para fazer publicidade contra o PL2630. As medidas legais serão tomadas. Empresa estrangeria nenhuma é maior que a soberania do nosso país", afirmou o ministro citado pela mídia.
Já o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), classificou a estratégia da rede social de "jogo sujo".
"O jogo sujo das big techs continua. Recebo denúncias de que o Telegram está disparando FAKE NEWS contra o PL 2630 para milhões de usuários. Essa campanha de mentiras não vai prosperar. A Internet não é terra sem lei, e a regulação é uma necessidade", disse o deputado.
O polêmico projeto de combate às fake news tramita na Câmara dos Deputados. Na semana passada, chegou a ser incluído na pauta, mas não foi votado, diante da falta de consenso.
Antes do Telegram, o Google também divulgou em seu site um texto contrário ao projeto. O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que a empresa assim como outras prestassem depoimento acerca do assunto.
Entretanto, a Meta (plataforma proibida na Rússia por extremismo), se pronunciou hoje (9) contra a mensagem do Telegram dizendo que "refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto".
No texto enviado pelo aplicativo, o mensageiro diz "[...] Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito".
O PL2630 estabelece, entre outras coisas, tornar crime a promoção ou financiamento de divulgação em massa de mensagens com conteúdo inverídico por meio de conta automatizada, as chamadas contas-robôs.