"O fascismo conseguiu ganhar impulso com o apoio financeiro total dos grandes grupos capitalistas da época na Europa Ocidental e na América. Para eles, se tratava de criar uma 'ferramenta' política e militar para combater a jovem potência soviética, que a intervenção de 14 países não pôde destruir após a revolução de 1917", disse ele.
"Pensávamos que o fascismo tinha acabado, mas hoje ele levanta a cabeça novamente, desta vez apoiado diretamente por um grupo de Estados liderados pelos Estados Unidos", disse Barchi.
"Desta vez, a intervenção já não é dirigida contra um país, mas contra qualquer parte do mundo que queira se libertar do jugo imperialista dos EUA e seu instrumento militar – a OTAN, que ainda querem ditar suas leis", afirmou o especialista francês.
"A Europa tem de andar sobre suas próprias pernas se quiser erguer-se e desenvolver-se pacificamente. Uma perna da Europa Ocidental e outra perna da Leste Europeu. Fazer espacate sobre o oceano Atlântico é arriscado e contraproducente. Se cortarmos a perna oriental, ficaremos para sempre incapacitados", concluiu o historiador.