"Essa emenda nunca foi invocada antes. Sua aplicação significa que todas as obrigações do governo federal serão cumpridas: pagamentos, receitas fiscais, venda de títulos etc. Mas a situação passará do âmbito financeiro para o político-jurídico, com consequências imprevisíveis, inclusive até um julgamento e impeachment do presidente", afirma o especialista.
"Nos últimos dez anos, a dívida do governo dos EUA cresceu uma média de 6% ao ano. E, em algum momento, esse processo terá de parar, pois os gastos cada vez maiores do governo dos EUA exigem mais e mais empréstimos", diz Milchakova.
"Se ocorrer uma inadimplência, ela atingirá, em primeiro lugar, os maiores detentores de títulos públicos dos EUA. E esses são o Japão, o Reino Unido, a Bélgica e a China. Mesmo que a China esteja se retirando gradualmente desse ativo, aparentemente avaliando-o como cada vez mais arriscado", afirma.