"Bem, em primeiro lugar, é claro, se trata de um dano para a pessoa de quem esse dinheiro foi [...] ilegalmente retirado ou roubado. É um dano direto. Mas quanto aos Estados Unidos, essas decisões, é claro, os atingem com um bumerangue", disse Peskov.
Ele disse que ainda será necessário analisar cuidadosamente se haverá alguma tentativa de fundamentar legalmente essas decisões.
"Embora seja difícil imaginar o que poderia servir de base legal, porque isso nada mais é do que um ataque direto ao direito de propriedade absolutamente sagrado para os Estados Unidos. Isso mina a confiança, a confiança dos investidores, a confiança dos proprietários de alguns ativos que, de uma forma ou de outra, estão ligados aos Estados Unidos", disse o porta-voz.
Anteriormente, os países ocidentais impuseram uma série de sanções à Rússia, desde o início da operação especial russa na Ucrânia, inclusive o congelamento de cerca de metade das reservas em moeda estrangeira da Rússia – cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,48 trilhão).
Ativos no valor de € 21,5 bilhões (R$ 116 bilhões) pertencentes a indivíduos e entidades russas também foram congelados. Em outubro passado, os líderes da União Europeia instruíram a Comissão Europeia a preparar propostas para usar os ativos congelados para financiar a reconstrução da Ucrânia.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que a adoção de tais decisões "seria mais um passo para desrespeitar todas as regras e normas do direito internacional".