Nesta quinta-feira (11), um grupo bipartidário de legisladores dos Estados Unidos apresentou um projeto de lei com o objetivo de impedir o governo norte-americano de reconhecer Bashar al-Assad como presidente da Síria.
Ao mesmo tempo, os parlamentares desejam que se aumente a capacidade de Washington de impor sanções em um alerta a outros países que normalizem as relações com o país, segundo a Reuters.
"Os países que optam por normalizar com o assassino em massa impenitente e traficante de drogas, Bashar al-Assad, estão indo para o caminho errado", disse o representante dos EUA, Joe Wilson, presidente do Subcomitê para o Oriente Médio, Norte da África e Ásia Central em comunicado citado pela mídia.
O projeto de lei proibiria o governo federal estadunidense de reconhecer ou normalizar as relações com qualquer governo na Síria liderado por Assad e expande o Caesar Act, uma lei norte-americana que impôs uma dura rodada de sanções à Síria em 2020.
Segundo a mídia, o planejamento foi apresentado por Wilson ao lado do presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, Michael McCaul, e co-presidentes do Caucus da Síria Livre, Democrática e Estável, o republicano French Hill e o democrata Brendan Boyle; entre outros.
O projeto de lei vem depois que os Estados árabes viraram a página de anos de confronto com Assad no domingo (28), deixando a Síria voltar à Liga Árabe, um marco em sua reabilitação regional, mesmo quando o Ocidente continua a evitá-lo após anos de conflito armado.
Entretanto, Washington disse que não normalizou os laços com Assad e suas sanções continuam em pleno vigor, diz a Reuters.
As disposições do projeto de lei ainda incluem a exigência de uma estratégia anual do secretário de Estado por cinco anos para combater a normalização com o governo de Assad, incluindo uma lista de reuniões diplomáticas realizadas entre o governo da Síria e Turquia, Emirados Árabes Unidos, Egito e outros.
O projeto de lei também esclareceria a aplicabilidade das sanções dos EUA à Syrian Arab Airlines e a outra transportadora, a Cham Wings. De acordo com o projeto de lei proposto, os países que permitem que as companhias aéreas pousem enfrentariam sanções contra esse aeroporto, disse uma fonte à reportagem.