A explosão, conhecida como AT2021lwx, já dura há mais de três anos, em comparação com a maioria das supernovas, que são apenas visíveis por alguns meses. O evento ocorreu a quase oito bilhões de anos-luz de distância, quando o Universo tinha cerca de seis bilhões de anos, e ainda está sendo detectado por uma rede de telescópios.
"De acordo com nossas estimativas, essa bola de fogo é 100 vezes maior que o Sistema Solar e dois trilhões de vezes mais brilhante que o Sol. Em três anos, a explosão liberou 100 vezes mais energia do que o Sol liberará em dez bilhões de anos de sua vida", diz o artigo, citado por Philip Wiseman, cientista da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Os pesquisadores acreditam que a explosão é resultado de uma vasta nuvem de gás, possivelmente milhares de vezes maior que o nosso Sol, que foi violentamente interrompida por um buraco negro supermassivo.
Fragmentos da nuvem teriam sido engolidos, enviando ondas de choque através de seus restos, bem como em uma grande "rosquinha" empoeirada ao redor do buraco negro. Tais eventos são muito raros e nada nesta escala tinha sido testemunhado antes.