Os organizadores do festival Eurovision barraram o discurso do presidente, Vladimir Zelensky, na edição deste ano. Foi relatado que Zelensky queria fazer uma aparição em vídeo na final do concurso no sábado, para uma audiência global esperada de 160 milhões.
Mas em um comunicado na quinta-feira (10), o evento recusou o pedido do presidente, apesar de suas "intenções louváveis", argumentando que o ato violaria sua imparcialidade política.
"O Eurovision Song Contest é um show de entretenimento internacional, regido por regras e princípios estritos. Como parte disso, um dos pilares do concurso é a natureza não política do evento. Este princípio proíbe a possibilidade de fazer declarações políticas ou similares como parte do concurso", disse o trecho do comunicado divulgado pelos organizadores e citado pela BBC.
A Ucrânia deveria sediar o Eurovision deste ano depois de vencê-lo no ano passado, mas está ocorrendo em Liverpool após o começo da operação russa.
O primeiro-ministro, Rishi Sunak disse estar "desapontado" com a decisão do festival, segundo a mídia. Seu porta-voz argumentou que o Eurovision "reconheceu isso no ano passado" ao proibir a participação de artistas russos.
No entanto, acrescentou que o primeiro-ministro não tem planos de intervir e pedir às emissoras que mudem de ideia.
Zelensky também foi barrado de discursar na cerimônia do Oscar neste ano pela segunda vez consecutiva, com os organizadores norte-americanos alegando os mesmos argumentos.