Guinada a oriente: Rússia e China
"O declínio ocorreu em alguns países, que no momento, por várias razões, não podem produzir hidrocarbonetos no nível da cota alocada a eles", disse o especialista.
"Com os EUA abandonando gradualmente o petróleo do Oriente Médio e aumentando seus volumes provenientes da América Latina e do Canadá, a Arábia Saudita tomou uma decisão estratégica de trabalhar mais estreitamente com a China e a Rússia", explica Danilov.
"Tudo isso leva a preços mais altos para o produto final, o que leva também a tensões sociais."
"Isso teria coberto parte da escassez de petróleo que teria sido criada após a introdução do teto de preço para a Rússia e a redução das exportações russas de petróleo. Mas a Arábia Saudita e outros representantes da OPEP tomaram uma decisão diferente, o que provoca o aumento dos preços do petróleo e maiores receitas para eles em médio prazo", disse ela.
Por causa dos carros elétricos
"Em 2022, mais de dez milhões de veículos elétricos foram vendidos em todo o mundo; neste ano, espera-se que as vendas aumentem para 15 milhões de unidades. De acordo com especialistas, essa tendência contribuirá para a redução do consumo de combustíveis para motores em cinco milhões de barris por dia até 2030", indica Belkharoev.
Países soberanos não trabalharão em seu próprio prejuízo
"Eles conhecem em primeira mão o valor da 'democracia ocidental' e seus interesses, portanto, são guiados pelos interesses nacionais de seus países. Os tempos em que os países soberanos cooperavam em seu próprio prejuízo, contra países terceiros, estão passando à história."
"O futuro está nos países que têm suas próprias matérias-primas e recursos", concluiu o especialista.