Funcionários e diplomatas da aliança planejam apresentar uma proposta que vai incluir medidas de apoio imediato à Ucrânia, mas não deve dar ao país o desejado status de membro, segundo a mídia ocidental.
De acordo com uma fonte familiarizada com o assunto a solução deve ser apresentada na cúpula da OTAN em Vilnius, de 11 a 12 de julho.
A Alemanha, ao contrário dos Estados Unidos e do Reino Unido, continua sendo a principal oponente à adesão da Ucrânia, afirmou a mídia. Berlim acredita que um país envolvido em um conflito total com uma potência nuclear está longe de ser um bom candidato à adesão ao bloco.
Na semana passada, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, disse que está claro que a Ucrânia não vai se juntar à OTAN até que o conflito termine, mas o país espera receber um convite para a aliança de seus aliados ocidentais o mais rápido possível.
No mês passado, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a Ucrânia acabaria se juntando ao bloco, já que todos os membros da OTAN apoiam suas ambições. Mais tarde, a declaração de Stoltenberg foi contestada pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Em setembro, Zelensky anunciou que a Ucrânia estava se candidatando para ingressar na OTAN de maneira acelerada. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou estava monitorando de perto a situação e lembrou que a orientação de Kiev em relação à aliança foi uma das razões para o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022.