Panorama internacional

Sob pressão dos EUA, Scholz pede 'maior pragmatismo' ante proibição de exportações da Rússia

Em discurso, líder alemão fez afirmativas que pareceram indiretas a Washington, visto que o governo americano está propondo fortes proibições de exportação de produtos russos. Defesa alemã reafirmou que não enviará caças a Kiev ou treinará pilotos ucranianos.
Sputnik
Nesta quarta-feira (17), o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que seu governo quer medidas pragmáticas para evitar a burla das sanções impostas à Rússia, em um movimento que pareceu pedir uma moderação aos pedidos dos Estados Unidos por uma proibição mais ampla às exportações, segundo a Reuters.
"Estamos tentando promover um desenvolvimento bom e pragmático", disse Scholz quando questionado sobre isso à margem de uma reunião do Conselho da Europa na Islândia. Ele espera que um acordo seja alcançado "sem que haja grandes mudanças no sistema".
Scholz participará de uma reunião de líderes das nações do G7 no Japão esta semana para discutir planos de endurecer as sanções contra a Rússia devido o conflito na Ucrânia. Novas medidas incluirão a evasão de sanções envolvendo terceiros países, disseram autoridades familiarizadas com as negociações.
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As autoridades norte-americanas também esperam que os membros do G7 concordem em ajustar sua abordagem às sanções para que, pelo menos para certas categorias de bens, todas as exportações sejam automaticamente proibidas, a menos que estejam em uma lista de itens aprovados.
Questionado se Berlim cederia caças avançados a Kiev, no âmbito da iniciativa do Reino Unido com os Países Baixos para tal, Scholz disse que a tarefa da Alemanha "era fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia".
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O ministro da Defesa de seu governo, Boris Pistorius, também hoje (17) disse que o país não tem capacidade de treinamento nem equipamento militar adequado para contribuir ativamente com uma iniciativa.

"Não podemos desempenhar um papel ativo em tal aliança, em tal coalizão, porque não temos nem as capacidades de treinamento, nem as competências ou os aviões", disse Pistorius em Berlim após uma reunião com seu homólogo britânico Ben Wallace, relata a mídia.

Entretanto, o ministro acrescentou que Pistorius disse que o Estado alemão continuará a apoiar a Ucrânia, concentrando-se em suas áreas de especialização, que são tanques e defesa aérea. Isso "envolveu o envio de mais munição e a manutenção dos veículos já entregues", disse.
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