Panorama internacional

Problemas continuam: militares da Dinamarca se veem alojados em barracas poluídas na Letônia

As tendas de militares dinamarqueses na Letônia estão sendo aquecidas com pistolas de calor que causam poluição dentro e fora delas, segundo uma declaração do Ministério da Defesa da Dinamarca.
Sputnik
Cerca de 800 soldados da Dinamarca destacados na Letônia desde novembro como parte da presença avançada da OTAN no mar Báltico têm vivido em barracas poluídas com fumaça tóxica, alertou o Ministério da Defesa dinamarquês em um memorando.
As tendas dos soldados dinamarqueses no Campo Valdemar foram aquecidas com pistolas de calor do tipo VA-M40 movidas a diesel durante todo o inverno europeu, o que resultou em poluição do ar dentro das tendas e ao redor delas, excedendo os limites da Autoridade Dinamarquesa para o Ambiente de Trabalho, destacou o comunicado.
O ministério também admitiu que as medições foram feitas quando "o clima estava ameno", razão pela qual as pistolas de calor não foram ligadas com a potência total.
"Está claro que os soldados dinamarqueses não devem viver em tendas com poluição de partículas, nem quando estão em serviço nem quando estão em treino", disse Troels Poulsen, ministro da Defesa interino, acrescentando estar "analisando o assunto com muita seriedade, e [...] esperando que possamos descobrir e garantir que isso não aconteça novamente".
O sindicato dos soldados indicou estar feliz com o fato de o problema estar finalmente sendo esclarecido.
Panorama internacional
Dinamarca retira militares da Síria e do Iraque para combater ameaças perto das fronteiras do país
"É um caso muito, muito ruim, mas é positivo que as Forças Armadas tenham finalmente se conscientizado disso", assinalou ele.
O Comando de Saneamento de Defesa não crê que as barracas poluídas acarretem um risco significativo de desenvolvimento de doenças mais tarde na vida, mas, mesmo assim, recomendou reconsiderar o uso de pistolas de calor semelhantes no futuro.
Em junho de 2022 um militar dinamarquês lamentou como uma equipe enviada em maio desse ano à Letônia se viu altamente despreparada perante a drástica falta de equipamentos.
"Falta-nos tudo, de munições a cuecas, para dizer o mínimo. Este é o período mais triste em que estive nas Forças Armadas, e eu vi um pouco de tudo durante 20 anos", descreveu um condestável na época.
Comentar