Em conversa com os jornalistas Feng, que ocupou o cargo de ministro da Defesa de Taiwan de 2016 a 2018, comentou uma declaração do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que confirmou nesta semana que Washington "em breve fornecerá assistência adicional significativa em matéria de segurança a Taiwan", como parte do mesmo programa usado para apoiar a Ucrânia em seu conflito com a Rússia.
"Se você de repente recebe essa ajuda gratuita, precisa de pagar um certo preço impensável", disse o ex-ministro sem fornecer mais detalhes. Ao ser solicitado para explicar se ele queria dizer guerra entre Taiwan e Pequim, Feng disse acreditar que "nós não seriamos tão estúpidos, e que deveria haver algumas escolhas".
Na segunda-feira (15), o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, afirmou que a ilha autogovernada estava em negociações com o Pentágono para receber armas no valor de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,47 bilhões), que seriam gratuitas e "não deduzidas da lista de aquisições que tem sido adiada pelos EUA". Ele também esclareceu que o pacote de armas "incluiria mísseis e alguns serviços logísticos para ajudar a treinar nossos soldados".
Enquanto isso, uma fonte militar de Taiwan disse ao South China Morning Post na condição de anonimato que a ajuda militar dos EUA incluiria sistemas de defesa antiaérea portáteis Stinger, mísseis antitanque TOW 2B Aero e Javelin.
No início deste mês a China alertou que o apoio militar dos EUA a Taiwan está transformando a ilha em um "barril de pólvora" e aumenta o risco de desencadear um conflito regional, instando Washington a cessar suas vendas de armas a Taipé.