Panorama internacional

Legislador dos EUA critica gastos inflados para armar a Ucrânia

Paul Gosar defendeu a promoção da paz na Ucrânia em vez de enviar armamentos, chamando as informações sobre os valores financeiros da ajuda militar de "profundamente preocupantes".
Sputnik
O mundo precisa de uma solução para o conflito na Ucrânia, não de novas entregas de armas letais e assassinatos, disse Paul Gosar, membro da Câmara dos Representantes dos EUA, à Sputnik, comentando o escândalo sobre o custo inflacionado das armas americanas fornecidas a Kiev.
Na semana passada eclodiu um escândalo nos EUA após relatos de que o Pentágono superestimou em US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) o custo de equipamentos e armas enviados à Ucrânia. Como o Departamento de Defesa dos EUA sublinhou, o acréscimo do preço não afetou o apoio dos EUA ou a capacidade do país de fornecer armas a Kiev.
"Relatos de que o Pentágono pode ter inflado deliberadamente o custo do equipamento militar que enviou à Ucrânia são profundamente preocupantes. Tais truques de contabilidade simplesmente abrem a porta a novos envios de armas para a Ucrânia", disse Gosar.
Ele acredita que deve ser alcançada a paz na Ucrânia em vez de fornecer a Kiev armas ainda mais letais, provocando assim mais mortes.
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"A supervisão do Congresso [a esse respeito] é necessária", sublinhou o legislador norte-americano.
A Rússia enviou uma nota aos países da OTAN sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O chanceler afirmou que os países da OTAN "estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, observou que o bombeamento da Ucrânia com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.
Lavrov também observou que os EUA e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, "inclusive não só fornecendo armas, mas treinando pessoal [...] nos territórios do Reino Unido, da Alemanha, da Itália e de outros países".
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