O secretário de Estado, Antony Blinken, entre outros funcionários da administração presidencial dos EUA, foi a "força principal" e o apoiador mais influente do fornecimento à Ucrânia de caças americanos F-16 do arsenal dos aliados europeus, escreveu The Washington Post com referência a fontes.
De acordo com a publicação, Blinken trabalhou ativamente na discussão da transferência de caças com representantes de países europeus. Um papel semelhante desempenhou no inverno, quando a Alemanha não se decidiu a enviar seus tanques para a Ucrânia.
Foi Blinken que levou a Casa Branca à decisão de iniciar o processo e entregar proativamente tanques Abrams dos EUA às Forças Armadas ucranianas, apesar da resistência do Pentágono, permitindo que os aliados europeus se juntassem ao fornecimento.
A decisão dos EUA de não interferir na colocação de caças F-16 à disposição do Exército ucraniano também foi resultado da constante pressão dos aliados da OTAN, do Congresso dos EUA e do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, acrescentou o jornal.
O presidente americano Joe Biden durante muito tempo se recusou a permitir a transferência de caças para a Ucrânia. A Casa Branca explicava que agora a Ucrânia tem outras necessidades. Por causa da posição de Washington, os países europeus nem podiam treinar pilotos ucranianos no F-16.
Mas, nesta sexta-feira (19), o presidente Joe Biden disse aos líderes do G7 que Washington apoia os programas de treinamento conjuntos com os aliados de pilotos ucranianos em caças F-16, segundo a Reuters. Alérm disso, os EUA esperam iniciar o treinamento, que será realizado em caças de quarta geração, incluindo F-16, nas próximas semanas.
A Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da OTAN "estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que o bombeamento da Ucrânia com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.