Panorama internacional

Especialistas chineses: entrega dos F-16 poderia levar OTAN a conflito militar direto com a Rússia

A presença do presidente ucraniano Vladimir Zelensky na cúpula do G7 em Hiroshima mostrou como o Ocidente vê o futuro do conflito com a Rússia, escreve o Global Times.
Sputnik

"A presença de Zelensky no G7, um evento de alto nível, e os crescentes suprimentos militares do Ocidente indicam que o Ocidente está buscando acabar com a guerra por meio da guerra, o que aumentaria e complicaria ainda mais a situação", observou Zhang Hong, pesquisador do Instituto de Estudos da Rússia, Europa de Leste e Ásia Central da Academia de Ciências Sociais da China.

Alguns especialistas chineses acreditam que, com a batalha de Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana), podemos dizer que a Rússia mantém uma vantagem militar em relação à Ucrânia, embora o Ocidente, com o aumento dos suprimentos militares, continue a usar a Ucrânia como seu instrumento a fim de enfraquecer a Rússia.

"Nenhum tipo de arma pode mudar o padrão da guerra. Mas a implantação dos F-16 poderia levar a OTAN a um conflito militar direto com a Rússia, visto que a questão mais crítica é onde implantar as aeronaves de combate, que requerem muito apoio de manutenção em terra com sistemas complexos", disse Song Zhongping, um especialista militar chinês ao Global Times no domingo (21).

Segundo os autores, se estes caças forem implantados em países vizinhos, como a Polônia ou a Romênia, a Rússia inevitavelmente terá como alvo alguns desses aeroportos militares, que agravará ainda mais o conflito militar.
Durante a cúpula do G7 em Hiroshima, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse a Vladimir Zelensky que planeja treinar pilotos ucranianos para pilotar os F-16.
De acordo com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, os Estados Unidos e seus aliados, enquanto os pilotos ucranianos treinam nos F-16 nos próximos meses, decidirão quem entregará esses caças a Kiev e em que quantidade.
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