As maiores estrelas conhecidas até recentemente eram 300 vezes mais massivas que o Sol. Mas a estrela supermassiva descrita na recente pesquisa tem uma massa estimada entre 5.000 a 10.000 massas solares. A descoberta pode explicar o paradoxo dos aglomerados globulares – formações antigas que contêm até vários milhões de estrelas em um espaço relativamente pequeno, escreve portal Space.com.
Pesquisadores acreditam que os aglomerados são o elo perdido entre as primeiras estrelas e galáxias primordiais. Cerca de 180 aglomerados globulares têm sido identificados na Via Láctea.
Estudos anteriores mostraram que estrelas em tais aglomerações têm uma grande variedade de elementos químicos. Cientistas não conseguiram explicar essa diversidade, uma vez que presumivelmente as estrelas se formaram da mesma nuvem de gás ao mesmo tempo.
Estas estrelas tinham uma temperatura de 75 milhões de graus Celsius em seus núcleos, em comparação com cerca de 15 milhões de graus Celsius no núcleo do Sol.
Os autores do estudo sugeriram que uma estrela supermassiva que ejetava elementos químicos para o espaço esteve envolvida na criação de aglomerados. O astro se formou na sequência de inúmeras colisões, durante as quais absorvia cada vez mais corpos celestes próximos.
A evidência da teoria foi encontrada na galáxia GN-z11, que está a mais de 13 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Ela se originou 440 milhões de anos após o Big Bang. Observações mostraram que a galáxia contém grandes quantidades de nitrogênio.
Os astrônomos chegaram à conclusão de que as temperaturas extremas necessárias para a formação de nitrogênio só poderiam ser associadas a uma estrela supermassiva. Portanto, a substância é um vestígio químico claro do "monstro cósmico".