"No futuro, também teremos que falar sobre garantias de segurança [...] Essas garantias incluem a questão de saber até que ponto vamos equipar a Ucrânia com armas no futuro. Após a guerra, a Ucrânia será equipada com armas de fabricação ocidental", disse ele ao jornal alemão Die Welt.
Scholz acrescentou que os países ocidentais ainda não estão discutindo garantias de segurança para a Ucrânia porque o conflito ainda não terminou. Além disso, ele afirmou que a Ucrânia não vai conseguir aderir à OTAN no futuro próximo.
"Está claro para todos que isso [a adesão da Ucrânia à OTAN] não vai acontecer em um futuro próximo. Isso também ocorre porque os critérios da OTAN incluem uma série de condições que a Ucrânia não pode atender no momento", disse o chefe do governo alemão.
Anteriormente, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky afirmou que a Ucrânia não se vai tornar membro da OTAN até que o conflito termine, mas acrescentou que gostaria de receber já um convite para integrar a aliança.
No final de setembro de 2022, Zelensky pediu a adesão à OTAN por meio de um procedimento acelerado. A realização de tal procedimento agora é inoportuna, disse mais tarde o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ao comentar a declaração de Zelensky, reiterou a posição do bloco sobre o direito de cada país de determinar o seu caminho e a política de "portas abertas" da aliança, mas enfatizou que a OTAN vai concentrar seus esforços em ajudar Kiev.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, Kiev não ficará satisfeita com nenhuma decisão da cúpula da OTAN, agendada para 11 e 12 de julho em Vilnius, Lituânia, que não seja um convite para fazer parte da aliança.