A União Europeia (UE) ordenou na segunda-feira (22) à norte-americana Meta uma multa de privacidade recorde de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,45 bilhões) e ordenou que parasse de transferir informações pessoais de usuários do bloco até outubro, escreve a agência norte-americana Associated Press.
A Meta (organização proibida na Rússia por ser considerada extremista) prometeu recorrer e pedir aos tribunais que suspendessem imediatamente a decisão.
A empresa alertou previamente que os serviços para seus usuários na Europa poderiam ser cortados, mas sublinhou que "não há interrupção imediata para o Facebook na Europa". A decisão se aplica aos dados dos usuários, como nomes, e-mail e endereços IP, mensagens, histórico de visualizações, dados de geolocalização e outras informações que a Meta, junto com outros gigantes da tecnologia, como o Google, usam para anúncios on-line personalizados.
"Essa decisão é incorreta, injustificada e estabelece um precedente perigoso para inúmeras outras empresas que transferem dados entre a UE e os EUA", disseram Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, e Jennifer Newstead, diretora jurídica da empresa, em um comunicado.
Trata-se da maior multa desde que o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), o rigoroso regime de privacidade de dados da UE, entrou em vigor há cinco anos, superando largamente a multa de € 746 milhões (R$ 4 bilhões) aplicada à norte-americana Amazon em 2021 por violações do regime de proteção de dados.