As empresas da Alemanha não estão vendo qualquer evidência de retomada na maior economia da Europa, indicou na segunda-feira (22) a agência norte-americana Bloomberg, que citou uma pesquisa empresarial.
O lobby empresarial Associação das Câmaras Alemãs de Indústria e Comércio (DIHK, na sigla em alemão) disse que as respostas das 21.000 empresas questionadas revelaram uma significante falta de ímpeto após dois trimestres sem qualquer crescimento.
"As empresas demonstraram notável resiliência, apesar dos preços da energia persistentemente altos, do aumento das taxas de juros e da guerra na Ucrânia", disse na segunda-feira (22) em um comunicado Ilja Nothnagel, diretor executivo da DIHK.
"No entanto, as perspectivas para os próximos 12 meses permanecem obscuras, especialmente porque a entrada de pedidos está diminuindo visivelmente no lado da demanda", continua.
O grupo manteve uma previsão de crescimento nulo em 2023, uma perspectiva pouco mais pessimista do que a expansão de 0,2% prevista na última segunda-feira (16) pela Comissão Europeia.
A pesquisa do DIHK indicou que os preços da energia e das matérias-primas continuam sendo o maior risco para as empresas, sendo a escassez de trabalhadores qualificados o segundo maior perigo. Isso, juntamente com a inflação, significa que mais da metade dos entrevistados também consideraram os custos de trabalho como uma ameaça.
"Tendo em conta o envelhecimento da sociedade, a falta de trabalhadores qualificados continuará sendo um dos principais desafios estruturais para as empresas no futuro", avaliou Nothnagel.