Panorama internacional

Polônia quer ajudar República Tcheca a acabar com fornecimento de petróleo russo

Bandeiras da República Tcheca e da União Europeia na Embaixada Tcheca em Moscou.
A Polônia quer ajudar a República Tcheca a rejeitar o recebimento de petróleo russo, disse aos repórteres o vice-primeiro-ministro polonês e ministro dos Ativos de Estado, Jacek Sasin.
Sputnik
Anteriormente, o Financial Times citou Daniel Obajtek, presidente do conselho de administração da empresa polonesa de energia Orlen, dizendo que a proibição do petróleo russo custa à empresa cerca de US$ 27 milhões (R$ 134 milhões) por dia.
No entanto, ele observou que sua empresa ainda usa petróleo proveniente da Rússia por meio do oleoduto Druzhba, construído na época soviética, para a refinaria da empresa na cidade tcheca de Litvinov.

"A Orlen é proprietária da Unipetrol, uma empresa que opera na República Tcheca, a empresa que, se pode dizer, assegura a segurança de combustível para a República Tcheca. Nosso objetivo comum é diversificar os fornecimentos de petróleo o mais rápido possível, de modo a remover o petróleo russo, remover completamente o petróleo russo", disse Sasin.

Segundo o funcionário polonês, a Polônia já conseguiu fazer isso e está recebendo petróleo de "outras direções".
O governo tcheco compartilha dessa abordagem, afirma ele, acreditando que "essas são as expectativas comuns dos governos tcheco e polonês" e, em sua opinião, "de toda a comunidade internacional".
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A República Tcheca, a Eslováquia e a Hungria ainda recebem petróleo da Rússia por meio do ramo sul do oleoduto Druzhba. A UE concedeu a eles uma exceção às sanções, permitindo que continuem comprando devido à sua forte dependência do petróleo bruto russo.
O Druzhba é o maior sistema de oleodutos do mundo. Foi construído nos anos 60 pela URSS para fornecer petróleo da Rússia central para os países socialistas da Europa. Hoje, a maioria dos países da Europa Central e de Leste recebem petróleo russo através do Druzhba.
O Ocidente aumentou as sanções sobre a Rússia após o início da operação militar russa na Ucrânia, com muitas empresas europeias se retirando do país. A União Europeia já impôs dez pacotes de sanções contra Moscou desde fevereiro de 2022.
A Rússia declarou repetidamente que o país está lidando com a pressão das sanções impostas pelo Ocidente há vários anos.
Vladimir Putin apontou que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, mas as sanções infligiram um sério golpe a toda a economia global. Segundo ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.
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