"Na maioria dos países da OTAN, o aumento de armas e os investimentos em defesa estão muito longe de serem implementados da maneira correta. Trata-se mais de declarações em voz alta do que da realidade e dos projetos atuais", disse Delawarde.
De acordo com ele, muitos países da OTAN enfrentam problemas econômicos, financeiros e sociais que os privam dos meios para "reiniciar uma forte indústria de defesa, o que seria um precursor de uma nova corrida armamentista".
Delawarde observou que, após 30 anos sem investimentos no setor de defesa, os países da OTAN precisariam, de qualquer forma, de um tempo considerável para colocar a produção em funcionamento.
O especialista também pediu para se levar em conta o declínio significativo da participação dos países da OTAN na economia global. Em particular, ele destacou que a participação da União Europeia (UE) e dos EUA no PIB global tem diminuído constantemente nas últimas décadas.
"E esse indicador continua em declínio", acrescentou.
Anteriormente, foi repetidamente relatado que o fornecimento de armas e munições para a Ucrânia está esgotando os estoques, que não podem ser reabastecidos a tempo.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, tem repetidamente solicitado a todos os países que aumentem os gastos com defesa. Ele espera que os líderes da OTAN na cúpula de Vilnius, Lituânia, em 11 e 12 de julho, cheguem a um acordo sobre o aumento dos gastos com defesa, acordando um nível mínimo de cerca de 2% do PIB.
Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia afirmou que a economia europeia "nas próximas décadas" precisará de mais investimentos no complexo industrial-militar. Em particular, os países da UE já concordaram em fazer encomendas conjuntas para a compra de munição para repor os estoques esgotados pelas entregas à Ucrânia.