"Os metadados do e-mail que foi enviado quando o iate Andromeda, que supostamente foi usado para transportar explosivos, foi alugado levam à Ucrânia", informa a publicação.
Antes disso, a Spiegel nomeou o modelo e o rumo do Andromeda, que teria sido usado na preparação do ataque terrorista ao Nord Stream. O porto de origem do iate é Breege, na ilha de Rugen.
A Spiegel informou que o iate Andromeda do modelo Bavaria Cruiser 50, de 15 metros, foi alugado por pessoas desconhecidas por meio de uma empresa de fretamento na ilha de Rugen.
De acordo com a revista, o barco saiu do porto de Rostock, no norte da Alemanha, e fez uma pequena parada em Wiek.
Por sua vez, o jornal alemão Suddeutsche Zeitung publicou anteriormente sua própria investigação, realizada em conjunto com outras mídias, na qual se sugere que pelo menos dois ucranianos estavam envolvidos nas explosões do Nord Stream.
De acordo com relatos da mídia, o Andromeda foi alugado pela empresa Feeria Lwowa, sediada em Varsóvia, fundada em 2016 e registrada em nome de dois ucranianos. Ao mesmo tempo, essa empresa recebeu subitamente € 2,8 milhões (R$ 15 milhões) em sua conta em 2020.
Observa-se que alguns membros do grupo, que podem estar envolvidos na sabotagem, apresentaram ao proprietário do Andromeda passaportes búlgaros e romenos falsos. Um deles era supostamente um passaporte romeno emitido em nome de Stefan Marcu.
De acordo com a investigação da mídia, o homem que se apresentou aos proprietários do Andromeda como Stefan Marcu pode ser um ucraniano de 26 anos e é conhecido pelas autoridades de segurança alemãs.
A equipe de jornalistas afirma que seu nome verdadeiro é conhecido, mas não foi revelado por motivos de segurança. Ele vem de uma cidade a sudeste de Kiev e fotos antigas nas mídias sociais o mostram de uniforme com seus companheiros e segurando uma Kalashnikov nas mãos. É provável que ele esteja agora servindo nas Forças Armadas da Ucrânia.
Os jornalistas também dizem que conseguiram identificar outro ucraniano que pode estar envolvido na sabotagem. Ele é de Odessa e os investigadores sabem dele.
No entanto, de acordo com a mídia, ele não esteve ativamente envolvido na sabotagem, mas desempenhou um papel de apoio.
As explosões ocorreram em 26 de setembro de 2022 ao mesmo tempo em dois gasodutos russos de exportação de gás para a Europa, o Nord Stream 1 e o Nord Stream 2.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartaram a possibilidade de sabotagem direcionada.
A Nord Stream AG, operadora do Nord Stream, informou que as situações de emergência nos gasodutos não têm precedentes e que o prazo dos reparos não pode ser avaliado.
O Ministério Público russo iniciou um processo de atentado terrorista internacional.
Em 8 de fevereiro, o jornalista norte-americano Seymour Hersh divulgou sua versão de que os explosivos nos gasodutos foram plantados por especialistas estadunidenses, apoiados por mergulhadores noruegueses, sob a cobertura do exercício BALTOPS 2022 da OTAN, que decorreu em junho de 2022. Ele acredita que a operação foi realizada sob ordens diretas da Casa Branca.