No caso específico do Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro era um dos nomes cotados para tentar a disputa e em pesquisa feita em março ficava em segundo lugar (22,1% dos votos), atrás de Eduardo Paes (35,5% dos votos), segundo a revista Veja.
Entretanto, seu pai, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, vetou a candidatura do filho e fez isso de maneira pública. Na semana passada, Bolsonaro deu uma entrevista à Jovem Pan na qual disse que Flávio não disputaria o posto, mas seria uma figura central no xadrez político do Rio.
Pessoas próximas a Flávio relataram que o senador teria ficado chateado por ter sido "rifado" publicamente em uma entrevista do ex-presidente e que a comunicação deveria ter sido melhor trabalhada, relata a coluna de Bela Megale em O Globo.
Ao mesmo tempo, um novo lançamento político de um dos Bolsonaro trará o foco novamente ao clã que responde a uma série de inquéritos no Supremo e no TSE, o que poderia deixar a situação jurídica da família ainda mais delicada.
Um dos preferidos do partido de Bolsonaro a ser indicado à prefeitura do Rio é o general Braga Netto, que foi seu ministro da Defesa e vice na candidatura à presidência da República no ano passado.
O militar é o nome favorito do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Entre os principais atrativos de Braga Netto para a legenda está o fato de ter sido interventor da área de Segurança Pública no estado.
Em março, quando ainda estava nos Estados Unidos, em uma reunião virtual Bolsonaro barrou a candidatura de Braga Netto, entretanto, o nome do militar voltou a ganhar força após o ex-presidente vetar o filho na corrida eleitoral de 2024.
Outro nome que vem sendo ventilado como uma possível indicação para pré-candidatura a prefeito seria a do deputado federal e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL), que ganhou força entre os bolsonaristas.
Ao apostar em Pazuello, um de seus homens de confiança, e na sua fidelidade, Bolsonaro garantiria o controle da prefeitura em uma eventual vitória, afirma O Globo.
Contudo, Braga Netto já tem dito a membros do partido que topa entrar na disputa, mas com uma condição: se Jair Bolsonaro lhe incumbir pessoalmente da "missão", diz a colunista.