Panorama internacional

Irã rebate Zelensky e diz que líder faz 'show político' para 'atrair mais armas e apoio financeiro'

A República Islâmica rejeitou as alegações "infundadas e sem valor" que o presidente da Ucrânia fez contra Teerã, descrevendo-as como um "show político destinado a distrair a atenção do público".
Sputnik
Neste sábado (27), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, classificou os recentes comentários do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, como uma "tentativa de colocar a culpa nos outros e desviar a opinião pública", acrescentando que "tal show político com reivindicações infundadas não tem valor".
"A repetição das falsas reivindicações do presidente ucraniano contra a República Islâmica do Irã acompanha a propaganda e a guerra da mídia que o eixo anti-Irã travou contra o governo e a nação iraniana e ocorre com o objetivo de atrair mais armas e apoios financeiros dos países ocidentais", acrescentou Kanaani.
Na quarta-feira (24), Zelensky acusou o país persa de fornecer drones à Rússia para o conflito na Ucrânia e pediu ao Irã que não fique do lado do que chamou de "Estado russo maligno" e que seja "cúmplice de sua campanha de terror".
Kanaani também disse que Teerã sempre expressou sua oposição ao conflito na Ucrânia e a sua continuação e que se compadece com as dores e miséria do povo ucraniano.
Ao mesmo tempo o porta-voz destacou que as reivindicações e demonstrações políticas contra o Irã não mudarão a realidade do conflito e expressou a prontidão do país persa em prosseguir com negociações especializadas com Kiev.
"O fato de o lado ucraniano se esquivar das negociações de especialistas com o lado iraniano para discutir as reivindicações revela que elas [as reivindicações da Ucrânia] são infundadas e que existem objetivos e motivos políticos específicos por trás de tais acusações contra a República Islâmica do Irã", concluiu Kanaani.
Teerã rejeitou várias vezes, nos termos mais fortes, as alegações ocidentais de entrega de armas e drones do Irã à Rússia para serem usados ​​contra a Ucrânia, dizendo que o país tem cooperação de defesa com Moscou há muito tempo e busca uma resolução do conflito por meio do diálogo e diplomacia.
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