"Claro que é uma escalada inadmissível. Acho que no Ocidente há quem entenda, mas quem manda são Washington, Londres e seus satélites dentro da União Europeia [UE], sobretudo os Estados Bálticos, a Polônia, que estão realizando diretamente no terreno a tarefa estabelecida pelos EUA: enfraquecer a Rússia e infligir uma derrota estratégica a ela", disse Lavrov ao canal de TV Rossiya 1.
Sergei Lavrov também observou que nos círculos políticos ocidentais já se fala em "descolonizar a Rússia". O chanceler russo explicou que por trás dessas intenções está a vontade de "desmembrar a Rússia". No entanto, aqueles que promovem essa ideia estão "brincando com fogo".
O diplomata pediu às pessoas sensatas que "continuem evitando o apoio imprudente ao regime neonazista que o próprio Ocidente criou".
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia continua uma operação militar especial na Ucrânia cujos objetivos, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, são proteger a população do "genocídio do regime de Kiev" e enfrentar os riscos à segurança nacional que representam o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.
Um grande número de países condenou as ações da Rússia na Ucrânia e busca apoiar Kiev com o fornecimento de armas e munições, ajuda financeira e humanitária.
Moscou enfatizou que os Estados Unidos e outros países da OTAN se envolveram no conflito enviando grandes quantidades de armas às tropas ucranianas, que desde meados de fevereiro de 2022 intensificaram seus ataques contra civis nas repúblicas populares de Donbass.
A Rússia alertou repetidamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia, e que comboios de armas estrangeiras seriam um "alvo legítimo" para seus militares do outro lado da fronteira.