Os obuseiros autopropulsionados francesas Caesar fornecidas ao Exército da Ucrânia não são adequadas para esse conflito porque falham rapidamente e não podem ser consertadas, disse o ativista francês Xavier Moreau à Sputnik.
De acordo com Moreau, que se formou em uma academia militar e serviu em um regimento aéreo francês, os Caesar são "armas muito boas". O ativista sublinhou que elas são feitos especialmente para pesar apenas cerca de 17,5 toneladas, pelo que são muito fáceis de usar. Esses veículos autopropulsionados não são blindados, mas, de acordo com o especialista, eles foram usados principalmente na África, onde a ameaça de ataques contrabateria é muito baixa.
O Caesar pode atirar a um distância de até 40 quilômetros, "se tiver munições normais", explicou o ativista. Ao mesmo tempo, acrescentou ele, as munições normais não foram enviadas à Ucrânia por serem muito caras. Além disso, a França não produz as munições, e as compra da Alemanha.
De acordo com Moreau, os sistemas Caesar não podem ser usados nas condições de Donbass, pois eles quebram rapidamente e precisam de reparos. Ao mesmo tempo, enfatizou o ativista, é impossível consertar esse armamento. "O segredo das Caesar" é que elas precisam ser reconstruídas.
Como afirmou Aleksei Reznikov, chefe do Ministério da Defesa da Ucrânia, graças às entregas da França e da Dinamarca, Kiev agora tem a segunda maior frota desses sistemas de artilharia autopropulsionada. Eless, juntamente com outros sistemas de artilharia da OTAN de calibre de 155 milímetros, são constantemente usados para bombardear cidades e vilarejos em Donbas, sendo os civis as principais vítimas desses ataques.