Panorama internacional

Guerra comercial EUA-China prejudicaria mais Reino Unido, diz análise vazada

A intensificação do confronto econômico entre os EUA e a China prejudicará seriamente a economia britânica, de acordo com um artigo publicado pelo jornal Times na segunda-feira (29), citando documentos do governo que foram acessados pela publicação.
Sputnik

"A análise conclui que a economia do Reino Unido sofrerá mais do que as dos EUA, União Europeia e China no caso de uma guerra de subsídios de grande escala", observa o artigo.

De acordo com o Times, a maior ameaça para o Reino Unido são as tentativas dos EUA e da China de se superarem na alocação de fundos para o desenvolvimento de suas áreas industriais e econômicas avançadas, especialmente no contexto dos US$ 369 bilhões (R$ 1,84 trilhão) anunciados pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em "subsídios verdes" no ano passado.
O documento pede ao governo britânico que intervenha mais na economia do país. Isto é especialmente verdadeiro da necessidade de alocar financiamento adicional para áreas-chave para a segurança do país: semicondutores, desenvolvimento de inteligência artificial e supercomputadores quânticos, informa a publicação.
Atualmente, o Reino Unido é 40% dependente das remessas chinesas de chips. Se os EUA continuarem a influenciar as exportações chinesas, o país pode perdê-las, e "dezenas de bilhões de libras de financiamento do governo" seriam necessárias para construir sua própria indústria de semicondutores.
Reino Unido é apenas uma "economia de médio porte fora dos grandes blocos comerciais", atrás das grandes potências do mundo, e os Estados Unidos estão determinados em continuar a competir economicamente com a China, "mesmo que o protecionismo venha às custas do Reino Unido", relata o jornal citando materiais vazados.
Em março, o governo britânico apresentou uma nova estratégia para transformar o Reino Unido em uma "superpotência tecnológica" até 2030, após uma declaração conjunta do MRE e do Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia do país.
Sob o novo plano, será dada prioridade ao desenvolvimento de seis áreas: inteligência artificial, tecnologia quântica, bioengenharia, fabricação de semicondutores, tecnologia de telecomunicações e gerenciamento de dados.
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